Como a greve em São Paulo afetou as redes sociais? Uma análise de social listening
A greve dos funcionários do Metrô, da CPTM, da Sabesp e de outros serviços públicos em São Paulo, que aconteceu na terça-feira, 28 de novembro, gerou um grande impacto na mobilidade urbana e na opinião pública. Mas como esse assunto foi abordado nas redes sociais? Quais foram os principais sentimentos, perfis e horários de pico das publicações?
O governo de São Paulo anunciou que pretende privatizar o metrô da capital, uma das maiores redes de transporte público do país. A medida gerou muita polêmica e debate nas redes sociais, com opiniões favoráveis e contrárias à proposta.
Para responder a essas perguntas, fizemos uma análise de social listening usando o v-tracker, uma ferramenta que monitora e analisa as conversas online sobre qualquer tema. Coletamos dados entre os dias 27 e 29 de novembro, abrangendo o período anterior, durante e posterior à greve.
Ocorrências
O total de ocorrências, ou seja, de publicações sobre a greve nas redes sociais, foi de 41 mil, com uma média de 13681.33 por dia. O dia de pico foi a terça-feira, quando ocorreu a greve, com 31.100 ocorrências. O horário de pico foi entre 8h e 10h da manhã, com 10.600 ocorrências.
Possíveis Pessoas Alcançadas
As publicações sobre a greve alcançaram um público potencial de 288,3 milhões de pessoas, considerando o número de seguidores dos perfis que publicaram. As possíveis impressões, ou seja, o número de vezes que as publicações foram vistas, foram de 10,9 bilhões.
Sentimentos
A análise de sentimentos mostrou que a maioria das publicações sobre a greve tinha um tom negativo (52%), expressando críticas, reclamações ou insatisfação com a situação. As publicações positivas (28%) demonstravam apoio, solidariedade ou elogios à greve. As publicações neutras (20%) eram informativas ou não expressavam uma opinião clara.
Perfis Alcançados
Os perfis que mais alcançaram pessoas com suas publicações sobre a greve foram os de mídia, como o Canal History (@CanalHISTORY), que teve mais de 758 milhões de possíveis pessoas alcançadas. Outros perfis que se destacaram foram os de políticos, como o governador João Doria (@jdoriajr), o presidente Lula (@LulaOficial) e o senador Humberto Costa (@senadorhumberto).
Publicadores Únicos
O total de publicadores únicos, ou seja, de perfis diferentes que publicaram sobre a greve nas redes sociais, foi de 24 mil. A maioria das publicações foi feita no Twitter (13.300), seguido pelo Facebook (6.800), Instagram (2.500) e YouTube (1.400).
Público que mais comentou sobre o assunto
O público que mais comentou sobre o assunto foi o de 46% do gênero masculino. Em seguida, vem o público de feminino com 32%, 20% não aplicado e 2% não foram reconhecidos.
Ocorrências por serviço
O serviço mais utilizado para comentar sobre o tema foi o Twitter, com 27.848 postagens, seguido pelo Facebook, com 6.547 postagens.
Tags mais utilizadas
As tags mais utilizadas nas postagens foram: transporte, transporte público, metrô, privatização, governador, Tarcísio (ministro da Infraestrutura), população, trem, desemprego e refém.
Publicadores mais influentes que comentaram sobre o assunto
Entre os publicadores mais influentes que comentaram sobre o assunto, destacam-se: abocadelobo (jornalista e youtuber), caiocezar420 (ativista social), JornalOGlobo (jornal), JovemPanNews (rádio), DosR64875 (usuário anônimo), wilsondenotari (advogado), RBandeirantes (rádio), MobilidadeSampa (portal de mobilidade urbana), Terra (portal de notícias) e o_antagonista (site de notícias).
Os argumentos a favor da privatização do metrô se baseiam na ideia de que a iniciativa privada pode oferecer um serviço mais eficiente, moderno e barato do que o público, além de gerar empregos e investimentos.
Os argumentos contrários à privatização do metrô se baseiam na ideia de que o transporte público é um direito social e um serviço essencial, que deve ser garantido pelo Estado com qualidade e acessibilidade para todos.
Hashtags mais utilizadas
As hashtags mais utilizadas nas redes sociais sobre os temas relacionados à greve, à privatização e aos direitos dos trabalhadores foram #greve, #cptm, #sindicato, #nãoprivatizasp e #metrô, segundo um levantamento feito pelo v-tracker. Essas hashtags somaram mais de 2 mil menções positivas, negativas, neutras ou sem qualificação, entre os dias 27/11 a 29/11.
RTs
Veja na imagem abaixo os posts que mais tiveram Rt’s e qual o conteúdo de cada publicador.
Ranking de Cidades
O ranking das cidades que mais participaram das discussões nas redes sociais mostrou que São Paulo foi a líder (20%), Rio de Janeiro (15%), Belo Horizonte (10%), Brasília (10%) e Salvador (5%). As demais cidades representaram 40% das ocorrências. O total de cidades que participaram das discussões foi de 47.
E você, o que acha da privatização do metrô de São Paulo? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este post com seus amigos.
Toda pesquisa foi realizada com o v-tracker! Espero que tenha gostado. 💜